Esboço de propostas presentes na literatura
Tópicos a serem publicados no blog a respeito da Metodologia ABP:
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Introdução: Objetivos, Justificativa e fundamentação teórica.
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Esboço de propostas presentes na literatura.
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Modelo proposto a ser empregado na Escola Básica, mas especialmente no Ensino Médio.
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Aplicação do modelo para o trabalho de tópicos de eletricidade na 3º série do EM: Sequência didática.
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Aplicação do modelo para o trabalho de tópicos de eletricidade na 3º série do EM: Critérios avaliação ao longo do processo.
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Aplicação do modelo para o trabalho de tópicos de eletricidade na 3º série do EM: Resultados.
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Aplicação do modelo para o trabalho de tópicos de eletricidade na 3º série do EM: Conclusão.
2. Esboço de propostas presentes na literatura
Com respeito à metodologia ABP, Barrows afirma que representa uma metodologia de aprendizagem que tem por base a aquisição de novas informações a partir da solução de problemas.
Advertência: Esse método não pode ser entendido como qualquer tipo de ênfase à resolução de problemas teóricos ou experimentais com base numa teoria previamente trabalhada. Ao contrário, os procedimentos que o constituem assemelham-se ao que se observa na construção das ciências.
No tocante à implantação dessa metodologia, Finco reporta que a ABP iniciou-se na educação superior, especialmente nos cursos de medicina da Universidade de Maastricht, na Holanda, Universidade de Aalborg, na Dinamarca e Universidade de McMaster, no Canadá – esta última a precursora com a operacionalização do método no final da década de 60. Segundo consta, os desenvolvedores do programa na Universidade de McMaster se inspiraram em escritos do pensador chinês, Confúcio (500 a. C.), o qual adotava como prática de ensino a aprendizagem autodirigida, apenas ajudando seus discípulos a dirimir um problema depois de o terem devidamente considerado e tentado resolvê-lo.
Leite e Afonso propuseram um modelo cuja estrutura básica ocorre precisamente em quatro etapas, resumidamente descritas a seguir:
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Seleção, pelo professor, do contexto problemático importante o suficiente para gerar múltiplos problemas e questões que motivem e interessem aos alunos, ao mesmo tempo que organiza os materiais de consulta necessários a serem utilizados nas soluções dos problemas;
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Na segunda etapa, os alunos recebem o contexto do professor e, numa tentativa de compreendê-lo em sua inteireza, elaboram questões sobre o mesmo com base unicamente no conhecimento prévio de que dispõem. Em seguida, externalizam ao professor as questões por eles levantadas sobre o problema a fim de aferir a relevância de cada uma dentro do contexto, interdependências e ordenamento quanto às ações de busca da solução;
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Nesta fase, tendo ordenadas as questões levantadas com vistas à dissolução do problema, cumprirá aos alunos tecer as estratégias de apropriação das informações necessárias a serem obtidas nos materiais anteriormente disponibilizados pelo professor;
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Por fim, procede-se à síntese e avaliação do processo. Neste momento, professor e alunos refletem sobre a validade da solução encontrada.
De modo similar, muito embora procedimentalmente mais claro, Ribeiro arrola uma sequência de – conforme ele mesmo denomina – dez ciclos a serem percorridos a fim de se implementar uma unidade de ensino-aprendizagem nos ditames da metodologia ABP:
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Apresentação do problema a ser analisado pelos alunos divididos em grupos;
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Levantamento das hipóteses a respeito das causas do problema;
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Avaliação, pelos alunos, das hipóteses por eles mesmos levantadas, e tentativa de solução do problema com bases em seus conhecimentos prévios;
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Uma vez que não logrem êxito na solução, passam então a elaborar questões de aprendizagem de mesma natureza e com idêntica finalidade que as sugeridas na segunda das quatro etapas enumeradas por Leite e Afonso;
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Planejam o trabalho em grupo com base nas questões de aprendizagem elaboradas, de maneira semelhante ao que ocorre na terceira etapa de Leite e Afonso;
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Estudo independente conforme planificação das estratégias;
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Compartilhamento das informações obtidas de maneira autônoma com o grupo;
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Aplicação dos conhecimentos obtidos na resolução do problema;
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Apresentação da solução alcançada pelo grupo;
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Autoavaliação, avaliação do processo (feito pelos alunos) e de pares.
Esses modelos foram elaborados de forma a serem empregados no Ensino Superior. No próximo post pretendo apresentar o modelo para operacionalização na Educação Básica, particularmente no Ensino Médio. Antes, porém, sintamos uma brisa após esta pesada leitura:
Metodologia ABP
Devo ir à escola? Pergunta o menino.
É duro ir pra lá mesmo não querendo.
Textos confusos, cálculos abstratos,
nunca vou usar. Para que os aprendo?
Toca o sinal, inicia-se a aula
materiais à mesa.
Enquanto o mestre fala
me disperso, nada compreendo;
só balanço a cabeça.
Por mais que eu tente entender alguma coisa
do que se está a falar,
em minha cabeça ganha força a certeza:
“Este não é o meu lugar”.
É muito surreal o que se passa na escola.
O que me perturba,
não o querem saber;
o que não me toca
insistem-no em dizer.
É por isso que existe, diz o professor,
um método de ensino
que vai te tornar,
preste atenção, meu caro menino.
Protagonista do próprio saber,
corajosamente eu hei de falar.
Por mais que se diga: “Tenha cautela”.
Você mesmo irá confirmar.
Do teu aprendizado, ouça-me bem
serás o senhor.
A menos que, de bom grado,
se torne refém
do acolchoado torpor.
Se, porém, deseja aprender
colocar-te-ei defronte um problema.
Farás, com ele, o longo percurso
segundo as nuances
de um dado esquema.
O qual por ora não lhe direi
é demasiado grande p’ra esse poema.
Mas se desejar um dia saber
o que agora lhe oculto,
acompanhe o meu blog,
pois é cá onde eu posto
todo esse conteúdo.
Referência
SOUZA, R. B. de; DRABESKI, R. G. .; PEREIRA, C. A. Conceitos de eletricidade trabalhados segundo a metodologia de aprendizagem baseada em problemas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e659986208, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.6208. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/e659986208. Acesso em: 26 ago. 2020.
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