Firmeza de Caráter

 

            Todas as pessoas, sem exceção, clamam em seu íntimo por um líder, por alguém que as conduzirá pelos caminhos necessários, pelas veredas que devem trilhar. Nascemos assim, com esse anseio por uma mentoria constante, diuturna e leal.

De fato, quando os religiosos dizem que Deus colocou em cada um de nós um buraco do tamanho Dele, eles querem significar, com absoluta fidelidade bíblica, que fomos criados para servir, adorar, reverenciar, idolatrar e guiar-nos por alguém – o Todo-Poderoso. Sucede, porém, que na maior parte das vezes acabamos por tentar preencher esse buraco com coisas outras: Entregamo-nos às bebidas, comidas, à lascívia, à cobiça dos olhos como a fama e o poder, e mesmo a objetos e pessoas diligentemente sacralizados por determinados credos religiosos. Em suma, passamos a mirar o alvo errado vez que idolatramos quem efetivamente não nos oferece socorro nessa incessante busca pela plenitude.

Os cristãos genuínos, isto é, aqueles que passaram pelo novo nascimento – o qual não vem da vontade da carne nem da própria pessoa – são privilegiados por um mentor nos moldes idealizados: O Espírito Santo. Segundo a Bíblia, os filhos de Deus são os guiados pelo Espírito de Deus. Faz-se mister dizer, no entanto, que mesmo entre os cristãos a existência de um líder humano não está descartada; ele, todavia, assumirá um papel terciário, pois sempre deverá estar debaixo primeiro da vontade de Deus expressa através das Sagradas Escrituras, segundo, estar em consonância com a direção do Espírito Santo que nos dirige, se Ele nos dirige.

Essa digressão tem o valor de endossar a ideia segundo a qual precisamos todos de um mentor, máxime crianças e adolescentes por se encontrarem em estágio de formação da personalidade. A aspiração por uma orientação é inerente a cada um de nós, de modo que não é possível fugir e se afastar dela. Se assim o é, precisamos saber como nos portar como alguém que irá exercer esse papel de guia e referência.

Considerando que Deus é o modelo ideal de pedagogo, mediante a análise de sua Palavra notaremos que, no trato com suas criaturas, Ele demonstra firmeza de caráter, justiça, bondade, misericórdia e majestade, para citar algumas características. Destacando nessa reflexão a primeira delas, finalizamos apontando que um caráter firme trará constância e gravidade a nossas decisões, e flexibilidade apenas na medida necessária para que não seja essa qualidade arranhada.

O Regente: 22 Lições de Maquiavel ao Professor